demorei tempo para conseguir escrever alguma coisa sobre o andy. e sei porquê. não só porque sinto quase que o conhecia. acompanho a carreira dele desde miúdo lourinho patrocinado pela quiksilver. não é a primeira vez que a morte de um surfista me abala. mark foo abalou-me. todd chesser ainda mais. jay moriarity. donnie solomon. e mais recentemente malik joyeaux. a mortalidade de surfistas que admiramos e temos como quase imortais põe muita coisa em perspectiva. mas o andy ter morrido abalou-me especialmente. a ideia de ter morrido sozinho num quarto de um qualquer hotel, longe da família e amigos, longe da mulher grávida de 8 meses e sem nunca vir a conhecer o filho é-me particularmente difícil. seja qual for a razão pela qual ele morreu, isso é o que menos interessa. morreu um homem cedo demais. numa altura em que nenhum homem deveria morrer. muito menos assim. e muito menos sozinho.
rip ai.
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